sábado, 6 de fevereiro de 2021

Das pequenas coisas

 

Dentro deste grande mundo que é a blogosfera, tecemos, recortando sem muita precisão, um mundo que é nosso, sem que saibamos exactamente explicar as razões pelas quais nos ligamos mais a uns do que a outros, afinal não deve ser muito diferente da vida, não fui eu que inventei a palavra empatia e tudo o que ela comporta.

A Laura (que nome mais bonito) fazia parte do meu mundo. Quando ela disse que ia mudar de casa, eu achei que era uma casa a sério, desses ninhos de pedra, cimento e/ou tijolo. Mas depois desapareceu. Tenho saudades dela, da sua poesia, do Teatro, do tanto que ela dizia sobre Teatro. Será que mora noutro lugar e eu não encontrei o caminho? Será que encontrou um sitio para as suas pequenas coisas que é tão grande que lhe ocupa a vida inteira?

~CC~



9 comentários:

  1. Eu encontro a Laura no LinkedIn às voltas com o teatro. Mas acho que ela não sabe que a vejo :)

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  2. Interessa-me o tema da empatia que hoje a CC aborda. Porque sentimos uma inexplicável atracção por pessoas e blogs em detrimento de outras e outros?
    E ainda, para aqueles casos em que os polos se atraem, onde encontrar a explicação? Um homem de direita, de convicções e valores, convive com pessoas de esquerda, e sente-se bem... O que estará por detrás da empatia? Onde está a identificação? Claro, penso eu, sempre no homem, na escrita, no caracter. Haverá algo mais? Penso que sim, a emoção. Mas haverá algo mais?
    Não sei, mas quando leio uma história e sinto-me profundamente tocado ou quando experimento a capacidade de me colocar no lugar do outro de forma genuína, como ver alguém chorar e também sentir vontade de chorar, até parece, nesses momentos, que o pensamento e a razão dão lugar ao coração.

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    1. Ah, ah...serei eu a pessoa de esquerda?...na verdade nunca me filiei em nada e conheço gente de esquerda que diz que eu sou de direita...certo é que convicções e valores não me faltam:) Concordo, é a emoção que comanda, Damásio explica...
      ~CC~

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  3. Na blogosfera como em todo o lugar o caminho aprende-se ao palmilhá-lo. Há pessoas a quem achamos interessantes e que não nos retribuem, estão no seu direito; outras parecem interessar-se mas de súbito desaparecem. E, salvo se morreram (a morte física é o único motivo válido), é porque de verdade não lhes interessamos. E há que aprender este desprendimento de cultivar e descultivar, é um mundo de superfícies em vez de, onde sentimentos fundos não prosperam. Mal comparado, é um bocadinho como andar pela rua e metermos dois dedos de conversa com gente quem podemos até chegar a concluir que, quem sabe, daria uma boa amizade. Mas não há a circunstância. Fica o trivial: a conversa de rua nos comentários, o bom dia e boa tarde, os desejos de melhoras, os sorrisos sem expressão. É o que há.
    Quer-me parecer que uma Laura abalada sem regresso e apontamento de endereço deseja esvanecer.

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    1. E os indefectíveis? Convertidos em meros transeuntes, hein?! :))

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    2. Bea, compreendo esse despreendimento mas não o consigo praticar, ligo-me às pessoas mesmo sendo apenas por aqui e sinto a falta delas. E não sei bem se é como a Bea diz, atendendo a que quando eu estava nos cuidados intensivos (faz agora uns 4 anos), ligou alguém que eu conheci aqui (querida Deep) e ainda trouxe o recado de outra pessoa eu só conhecia daqui (querida Ana)! Prefiro pensar que a Laura ficou com pouco tempo para alimentar e gerir o blogue ou tomou outras opções. E não nos deixou endereço por achar que mais expeditos e praticantes de Redes que eu a encontrariam noutros espaços (como a Luísa)
      ~CC~

      Quanto ao Joaquim, a resposta fica para a Bea...


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  4. Respostas
    1. Não consigo praticar mais do que um blogue, não tenho mais tempo. Mas fico com pena de não a encontrar, obrigada Luísa por me dar notícias dela, fico a saber que está bem.
      ~CC~

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