As lágrimas ocorreram em determinados momentos do documentário. Cesária Évora, tudo a fadava à miséria, nada a estrela da música mundial, coisa que alcançou já depois dos 50 anos e após 11 sem sair de casa, fechada no seu mundo, na sua cabeça. Uma mulher que não suportava sapatos por ter os pés cheios de cravos desde pequena (não, não era uma questão de estilo). Uma voz que vem da terra e é o mar inteiro.
O seu Mindelo pequenino do tamanho do mundo inteiro, Cabo Verde finalmente um país que deixou de ser mudo e invisível.
Obrigada Cesária, por no teu regresso à terra, estar à tua espera uma cachupa e não qualquer outra coisa trazida da cozinha francesa, lugar primordial que te deu guarida (nem disso nos podemos nós gabar).
~CC~
Em geral, os portugueses só acreditam na qualidade dos seus se na estranja a afirmam. É coisa que entendo. Cesária teve vida longa e decerto sofreu o que tinha de sofrer no lugar pobre onde nasceu e viveu parte da existência. E tudo lhe vai na voz. Há quem a entenda e quem não, quem só a festeje porque fica bem gostar de Cesária. O que me parece é que todos a respeitam e ao seu canto.
ResponderEliminarBom fim-de-semana, CC.
Desculpe vir tão tarde...mas ainda a tempo de lhe desejar um bom fds!
Eliminar