Não importa se não cheira a hospital, se o jardim tem orquídeas, se a vista se abre para o belo Tejo. Não importa que a chamada para a consulta se faça com um telemóvel cedido ao doente (ou será cliente?).
Não importa se há bolo caseiro, se há máscaras à disposição, se o pessoal se veste com uma farda concebida por um designer e há multibanco à disposição no interior.
Nada disso é negativo em si, pode mesmo ser bom, ser muito bom. Mas importa mais outra coisa.
Importa um olhar dentro dos nossos olhos e o desenho de um abraço, seja ele dado ou não. E a palavra directa, clara, informativa mas macia (sem ser piegas). O ofício é difícil, estar doente também é.
~CC~
O mundo hospitalar é uma grande de uma chatice. Façam o que fizerem, é sempre um hospital e os doentes não deixam de estar doentes só porque têm mais conforto e mais dinheiro para pagá-lo. De alguma forma, sentem-se nas mãos da medicina. E a confiança nos médicos acalma, convém que a relação entre os dois não seja áspera. E bem sabemos ser o médico quem a determina.
ResponderEliminarNão é fácil ser médico, mas é pior ser doente internado num hospital. Diria mesmo que não tem comparação.
No caso em concreto poderiam tirar metade dos "rodriguinhos" para fingir que não estamos num hospital e investir na contratação de mais médicos, já agora dos bons.
EliminarA minha experiência diz que perante caso sério acontecido comigo os médicos (2) foram frios declarando apenas o cruel do diagnóstico (imagem da tac) e um em consultório particular excessivamente optimista, quiçá sem fundamento.
ResponderEliminarNenhum me disse aquilo que eu queria e esperava ouvir: isto não parece bom, mas agora vamos tratar de si e hoje em dia há muitas formas de se tratar disto. A começar pelo psicológico.
Joaquim, Psicólogos para eles não seus iguais por não serem médicos, começa aí a desvalorização...quanto muito recomendam um psiquiatra que nos dará, como diz um amigo meu, os "caramelos do esquecimento".
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