Quando enfio a mão na mala até ao fundo encontro pequenos búzios ou conchas. E é por isso que sei que mora em mim essa miúda lunar que tu ainda encontras e a quem ainda amas.
Mas também tenho uma carteira e nela há cartões vários, alguns de descontos. E é por isso que sei que cresci, envelheci, matei-me a trabalhar para não ter ainda quase nada, sei que não nos encontraremos, que nunca me amarás novamente.
Mas isto são só devaneios a partir de uma mala de mão. Nela também guardo a imensa saudade que tenho de ti e de mim. Fica lá tão bem guardada que passo os dias sem dar por ela.
~CC~
Só na mochila da praia tenho conchas (não encontro búzios). E também em casa para não esquecer as horas solares.
ResponderEliminarGastei-me qb a trabalhar, de meu tenho um automóvel pequeno, um gosto. E nem dele vou precisar na morte, por isso, está tudo bem.
Ainda consegue devanear a partir de uma mala de mão, CC...está salva. E é um devaneio bonito, leve na tristeza como na ironia.
Um abraço
É o próprio devaneio que me salva. Boa semana Bea
EliminarUm perigo andar a meter a mão, até ao fundo, em malas antigas.
ResponderEliminarUm abraço.
A vida tem os seus perigos. Um abraço
EliminarQue bonito, CC. Essa mala de mão também deve carregar generosidade, sorrisos, tranquilidade. Estou como a Bea, conseguir devanear assim a partir de uma mala de mão, é estar salva.
ResponderEliminarVotos de um domingo muito feliz. 🤗
Oh querida Susana, gosto tanto quando aparece por aqui a passear...a sua mala de mão é que tem lá dentro uma boa dose de generosidade.
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