Podia ser eu, podias ser tu.
Só em certa parte podia ser eu, se calhar não podias ser tu.
Às vezes tive muita vontade de chorar como ele o faz numa cena do filme, ri-me muitas outras vezes. É um filme doce, comovente, hilariante, a viajar entre o documentário e a ficção.
Aquele Portugal que achamos que não existe mais está ali inteiro, vibrante, ao mesmo tempo triste e intensamente alegre. E frio, sente-se o vento a soprar entre as pedras. O mais bonito, porém, é que o realizador, também protagonista do filme, nos mostra esses montes áridos onde o vento gela a pele sem ter qualquer intenção declaradamente política. Que bonitas são aquelas pessoas a falar, a esconder, a encolher os ombros, a não julgar, a interrogar deus e o diabo na terra. Daquelas mãos saíram, por certo, os nacos de broa que salvaram as crianças de morrer à fome.
É isto Bosto Frio, ou para mim foi isto.
Fiquei com muita vontade de procurar o meu avô, enterrado algures num cemitério em Luanda. Sei tão pouco sobre ele.
E no fim, generosamente, o jovem realizador veio falar connosco.
~CC~
deve ter sido um belo filme.
ResponderEliminarFui procurar no google. Juntei a descrição da CC ao trailer e fiquei com uma ideia parecida à da Laura. :)
ResponderEliminarDo pouco que vi, pareceu-me a vida de aldeia como ela é, com as gentes que ali existem. Tudo indica que seja um bom documentário. Obrigada, CC.
ResponderEliminarBom dia:)
a forma como o descreveu, convenceu-me! irei vê-lo, cheia de curiosidade. obrigada pela partilha, CC. :)
ResponderEliminarLaura, Luísa, Bea e Paula, eu tenho gostos um bocadinho peculiares em cinema, espero que não se desiludam...é que eu adorei o "Roma" enquanto muita crítica o detestou
ResponderEliminar~CC~.