sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Digo-me

 

Tenho vindo a adquirir muito lentamente a capacidade de dizer que não, de retroceder, de inverter a marcha.

Uma aprendizagem lenta que tenho a certeza que se adquirida mais cedo teria trazido mais luminosidade à minha vida. Escuto-me e sigo mais a voz que de dentro me diz não queres ir, não vás. As coisas que já fiz por obrigação, muito, muito além desse trivial que é limpar a casa ao fim de semana.

Diz-me o coração para parar e ir espreitar o estuário. É alimento, como pão.

~CC~


6 comentários:

  1. que bom :)
    o caminho é para a frente :)

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    1. Sim Ana, ainda que às vezes ande em ziguezague:)
      Beijinho
      ~CC~

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  2. Que remédio, a formiga é que traz o pão...mas como viver sem sol?
    ~CC~

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  3. O tempo que passa e nos acrescenta parece conduzir-nos a essa capacidade de dizer não. Sinto um pouco isso e se ainda faço algumas coisas por obrigação, é certo que sofro a dobrar, irritada que fico comigo própria.

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    1. Sem dúvida Luísa, como eles nos foge...
      Abracinho
      ~CC~

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