Para ele foi um primeiro poema e para mim também um dos primeiros a acordar este deslumbramento pela poesia.
Canção
Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo:
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo:
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo medir
- mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade - Primeiros poemas.
Que bonito!
ResponderEliminarImpossível não esboçar um bom sorriso
Que bom!
Eliminar~CC~
o geninho foi também o meu primeiro choque frontal com um poema
ResponderEliminarandar a contar silabas dos lusiadas é geometria, e não passa a poesia por ser dada numa aula de português
aliás lembro-me perfeitamente desse primeiro encontro, foi numa aula mas não foi de português
ainda hoje sei de cor o poema que a professora leu
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
ainda hoje esse poema me ensina a arte da paciência e da apreciação do vento
Eu acho que ele tem esse papel: de iniciação à poesia, depois de o lermos parece que já entramos num outro mundo onde podemos caminhar para outros lugares...e não se esquece.
EliminarObrigada Luís pelo poema que trouxe.
~CC~
Não o conheço senão da poesia, mas também foram as suas palavras que a ela me conduziram.
ResponderEliminarBom dia, CC.
Verdade Bea, nunca lhe agradeceremos o suficiente.
Eliminar~CC~
Belo instante este! E.A. pintava tão bem os momentos com palavras simples, plenas e certas.
ResponderEliminarPara mim, isto é Poesia.
Um fim de semana com momentos bons e poéticos, CC