quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Ouvido ali (I)

 

Esta vila dista apenas uns 12km da minha cidade e ainda assim o ambiente de café é completamente diferente, todos se voltam para mim quando entro e não tenho dúvidas de que todos se conhecem. 

- Então a senhora já foi dar sangue?

- Eu não... que me faz falta.

- Mas também faz falta a outros.

- E acha que eles aceitam sangue ruim? É que o meu é mesmo desses!


Nota: apeteceu-me perguntar-lhe qual a percentagem de ruindade...se ela referisse uns 30% diria que é sangue comum, podia ir. 


8 comentários:

  1. Não sei a que se referia a senhora ao nomear o seu sangue como "ruim"; mas sei que existem doenças que impedem de ser dador. Também não me parece que a ruindade em causa seja medida à percentagem:).
    Nas terras pequenas é assim mesmo, os forasteiros notam-se.

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    1. Não, ela ria-se imenso e acrescentou pormenores...estava mesmo na brincadeira. Claro que não se mede em percentagem, mas também eu brincava ou não...o que queria dizer é que duvido que não haja em casa um de nós um pouco de ruim.

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    2. Se não houvera seríamos todos santos com auréola e aposto que as ditas chocavam umas com as outras quando por exemplo entrássemos no metro em hora de ponta:).
      Bom fim de semana, CC

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    3. Ah, ah...essa imagem do metro foi muito boa! Bom fds Bea

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  2. O controle social dos meios pequenos.
    Um abraço.

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    1. Não me incomoda muito porque não vivo lá, não sei como seria se vivesse. Um abraço

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  3. todos nós temos um pouco de "sangue ruim", faz parte da génese humana

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    1. Não sei se é inato ou adquirido, até me inclino mais para o adquirido...mas certamente o temos.

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