Falta-me ligar-te e saber a ordem pela qual eu tinha chegado. Registavas com afinco os deveres afetivos dos teus filhos e as falhas magoavam-te, embora com o tempo também relevasses quando, pela distância, não me era possível fazer-te chegar um presente, nessa altura bastava a voz e um beijo.
Sinto muitas e muitas vezes a tua falta e sei que contigo aprendi a valorizar as pessoas comuns, presas de tradições, rituais e amantes das pequenas coisas. Nunca me leste histórias mas contaste muitas histórias, nunca me falaste sobre o universo ou discorreste sobre os sentidos do mundo, as guerras ou as problemáticas políticas que nos contornam as vidas, mas ensinaste-me a fazer ervilhas com ovos, a votar em todas as eleições e a apreciar um café e um bolo de pastelaria. Levei tempo mas não esqueço nem esquecerei que foste tu que me destes os meios para saber falar com uma infinidade de gente diferente e apreciar. Não era preciso que tivessem feito a faculdade, soubessem falar bem, dominassem ou gostassem de alguma arte, lessem ou viajassem...
Foi contigo que aprendi a derrubar certos muros.
~CC~
Não sei se do(a) mestre(a) se da aluna, mas a CC aprendeu muitas coisas (pequenas mas importantes e que são úteis a vida toda). Abençoada!
ResponderEliminarSem dúvida! Um resto de boa semana.
EliminarA mãe é a nossa memória. A nossa memória da infância morre com a morte da nossa mãe.
ResponderEliminarUm abraço.
Só morre um bocadinho, uma boa parte ainda cá está. Um abraço
EliminarEnquanto podermos recordar os nossos ente queridos eles estarão sempre vivos no nosso coração.
ResponderEliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Está ainda bem viva em nós. Saudade que permanece dessa ligação à terra.
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